Se você acha que a situação da segurança é preocupante, prepare-se, pois o futuro não é animador. Até o comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) Central, coronel Worney Mendonça, admitiu que, se não houver contratação de mais policiais e a destinação para pequenas cidades, alguns municípios menores da região poderão ficar sem policiamento da Brigada Militar a partir de 2018, pois há PMs se aposentando, mas sem reposição.
– Há cidades menores com apenas quatro PMs – relatou.
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Na prática, hoje em dia já são feitas patrulhas compartilhadas em algumas cidades, como na Quarta Colônia, onde em vez de ficar só um PM em Faxinal e outro em Polêsine, eles trabalham numa só viatura e percorrem as cidades ao longo do dia. Mas se o temor de Worney se confirmar, a situação vai piorar.O governo contratou 550 PMs, que irão para as ruas até o final do ano, e vai convocar 770 em janeiro e outros 700 em julho de 2017.
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O problema é que este número nem supre as aposentadorias. Só em 2015, 1.880 policiais saíram, e de janeiro a maio deste ano, já foram mais 911. Se a média se mantiver, 2016 fechará com mais de 2 mil aposentadorias.
Segundo a Abmf, associação que representa os PMs, esse número cresceu no governo Sartori, que tirou a gratificação especial que incentivava policiais a seguirem na ativa, mesmo quando já têm idade para se aposentar.